O primeiro trimestre de 2024 foi marcado por um crescimento significativo da absorção de espaços de escritórios em Lisboa, que ascendeu aos 76.131 m². Depois de uma dinâmica mais moderada assinalada em 2023, os primeiros meses deste ano patentearam a resiliência e a atratividade do mercado, que apresentou sinais de forte recuperação no volume de operações que quase triplicou face ao período homólogo.
A Worx Real Estate Consultants refere que a zona com maior procura neste período foi a zona do Parque das Nações (zona 5), que contou com 41% da absorção total, tendo assinalado igualmente a maior transação do trimestre, com a colocação da Caixa Geral de Depósitos no edifício WELLBE.
Por outro lado, a Prime CBD (zona 1) registou o maior número de operações, evidenciando uma maior apetência da procura por espaços em localizações centrais e de prestígio, ainda que com áreas mais reduzidas.
Neste período, a ampla maioria das operações foram mudanças de instalações, representando cerca de 90% da área colocada. Neste âmbito, foi ainda assinalada a entrada de três novas empresas na região de Lisboa, entre as quais a empresa de flex offices Monday.
No que toca ao perfil da procura, as empresas de serviços financeiros captaram a maior área absorvida, impulsionada em grande medida por duas transações acima dos 10.000 m², contudo, as TMT’s continuam a representar o maior número de operações.
Bernardo Zammit e Vasconcelos, Head of Agency da Worx Real Estate Consultants, comenta que “Vermos o mercado a recuperar novamente e a voltar aos valores pré-pandemia, deixa-nos confiantes em relação ao restante ano de 2024. Até agora, a WORX foi responsável pela colocação de mais de um terço da área total absorvida, com aproximadamente 29.200 m² e foi responsável por quatro das cinco maiores operações deste início de ano. Estes resultados são o reflexo do nosso trabalho de equipa e do nosso posicionamento diferenciado perante os desafios do mercado de escritórios em Lisboa.”
Perante este arranque de ano, as perspectivas de evolução do mercado continuam otimistas, face ao crescente número de empresas a quererem instalar-se em Lisboa, pela sua localização estratégica, boas infraestruturas e pelo ambiente calmo e seguro do país (fator tão relevante no atual contexto que a Europa atravessa). “Não temos dúvidas de que o mercado vai continuar a crescer, dado que as empresas continuam a investir na melhoria das suas instalações e a apostar em boas localizações, como forma de atrair os seus colaboradores para um regresso ao escritório, no pós-pandemia”, conclui Bernardo Zammit e Vasconcelos.
17 de abril de 2024