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A atual dinâmica do mercado imobiliário de escritórios

Bernardo Zammit e Vasconcelos
Bernardo Zammit e Vasconcelos, Head of Agency

A análise da dinâmica do mercado de escritórios ganhou particular interesse nestes últimos anos, pós-pandemia COVID-19, e a procura está dinâmica. Apesar da conjuntura económica mais desafiante, as empresas estão a reconfigurar toda a sua estratégia em torno dos seus escritórios e a procura por imóveis de áreas de grande dimensão, que sejam capazes de dar garantias de sustentabilidade, tem sido dos principais requisitos apontados no momento de procurar pelo espaço ideal.

A retoma do segmento de escritórios trouxe definitivamente a sustentabilidade para a ordem do dia. Em Portugal, tem havido um crescente interesse das empresas por edifícios de escritórios sustentáveis, em que a eficiência energética e a descarbonização, são fatores importantes, e também as certificações de construção e utilização sustentável como LEED, BREEAM e WELL. Como forma de responder e integrar estas preocupações nos edifícios, mas também nas regras de taxonomia futuramente aplicáveis aos imóveis comerciais, torna-se imperativo torná-los simultaneamente adequados aos critérios mais exigentes das multinacionais, bem como mais apelativos para investidores que procuram adequar o seu portfólio a esta nova realidade.

Nestes últimos meses, aquilo que temos vindo a notar é que no take up de escritórios, tanto em Lisboa como no Porto, se mantém a crescente tendência de adaptação das empresas aos novos modelos de trabalho híbrido, sob forma de continuarem a alimentar o apetite cada vez mais seleto dos trabalhadores. Pois, as empresas que não garantam espaços de trabalho agradáveis e colaborativos adequadamente adaptados ao trabalho híbrido têm muito mais dificuldade em manter os atuais recursos, bem como em recrutar novos membros para aumentar as suas equipas.

Os custos de fit-out (design e obras de interior) de um escritório em Lisboa estão, atualmente, entre os 700 a 1000€/m2, valores em linha com os praticados em mercados como Madrid ou Barcelona. Este custo elevado de fitting out de um espaço de escritório dificulta, na maior parte das vezes, a mudança das empresas para novas instalações e obriga a contratos de arrendamento mais extensos, para que se consiga amortizar o investimento mais elevado.

No Porto, tem-se verificado um crescimento mais contido e não se sente tanto a pressão causada pelo aumento destes custos. Talvez este facto se deva à menor dinâmica transacional pela falta de oferta de stock disponível, sendo que esta tendência se poderá alterar quando novos projetos chegarem ao mercado.

Depois do elevado consumo tecnológico resultante dos confinamentos e de um início de ano marcado pela desaceleração do crescimento das empresas tecnológicas, os especialistas, ainda assim, têm expectativas positivas e anteveem um cenário de recuperação e estabilização deste mercado em Portugal. No entanto, o impacto dos layoffs e decisões estratégicas nesta área de negócio, tem influência quase imediata nos mercados imobiliários de serviços. Neste ponto, Lisboa até tem estado numa “bolha” por variados fatores de atratividade, o mercado imobiliário tem mostrado contínuos sinais de resiliência e, apesar de todas as previsões, os sinais de abrandamento ainda são pontuais.

Artigo de opinião de Bernardo Zammit e Vasconcelos –Head of Agency, publicado na versão impressa da Vida económica, dia 06 Abril de 2023.

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