Fechado o primeiro trimestre do ano, a consultora Worx Real Estate Consultants lança os primeiros relatórios sobre Mercado de Investimento em Imobiliário Comercial em Portugal e sobre o Mercado de Escritórios em Lisboa com a análise detalhada da atividade no trimestre.
Com estes Outlooks não apenas se procede a uma análise retrospetiva do período em causa, como se avançam tendências e perspetivas de futuro. Alicerçada no profundo conhecimento e experiência dos seus Departamentos de Research, Capital Markets e Agency, e assente nos fundamentais do contexto económico-financeiro, a Worx perspetiva o comportamento dos distintos players e a atratividade do setor nesse contexto.
Assim sendo, em destaques devidamente detalhados nos referidos Outlooks, eis as perspetivas da Consultora sobre as tendências do imobiliário comercial nos próximos meses:
- De acordo com os dados do Banco de Portugal, a economia portuguesa deverá registar um crescimento de 2,3% em 2025, que abrandará para 2,1% em 2026 e 1,7% em 2027. Estas projeções estão, todavia, envoltas em incerteza, dada a destabilização que poderá resultar da política geoestratégica e comercial de uma das principais economias do mundo, os EUA, e dos conflitos armados em curso.
- No 1º trimestre do ano Portugal atraiu €640 milhões no mercado do imobiliário comercial (CRE), o que representa, em termos homólogos, um crescimento de 156%, com destaque para a venda de 50% do Norteshopping por um valor que rondou os €340 milhões. A Worx antecipa que o volume de investimento de 2025 deverá ultrapassar o do ano passado.
- As yields prime do mercado imobiliário comercial comprimiram no início do ano, dado o abrandamento das condições de financiamento e dos custos financeiros; os fundamentos do mercado permanecem sólidos e a mobilização de capital está a fluir, permitindo a aceleração da atividade de investimento no mercado imobiliário comercial. No 1º trimestre, as yields prime registaram uma redução geral de 25 pontos base, exceção feita aos centros comerciais prime.
- No 1º trimestre, o mercado de escritórios de Lisboa registou um volume de absorção de 16.300 m2 (-78% face ao período homólogo) distribuído por 33 operações. O maior negócio foi protagonizado por uma empresa tecnológica que ocupou 2.800 m2 no Lagoas Park. Em termos prospetivos, 2025 tem potencial para manter o nível de ocupação de 2024, próximo dos 220 mil m2, dada a negociação em curso de algumas operações com escala, antecipando-se também que algumas organizações procedam a ajustes de espaço por efeito da redução do trabalho remoto e híbrido, contribuindo para um crescimento moderado da procura de escritórios em 2025.
- As rendas prime de escritórios aumentaram no Prime CBD (zona 1), CBD (zona 2) e Zona Histórica (zona 4) em cerca de 4% em termos homólogos e trimestrais. A renda prime situa-se agora nos €29/m²/mês. Enquanto houver novos edifícios a chegar ao mercado e negócios a serem fechados nestes espaços bem localizados e de elevada qualidade, como é o caso do Cais 5 e do República 5 concluídos neste 1º trimestre, acredita-se que continuará a haver espaço para o aumento das rendas prime.
Consulte os relatórios completos em: Outlook Q1 2025 – Mercado de Escritórios de Lisboa e em Outlook Q1 2024 – Investimento em Imobiliário Comercial.
30 de abril de 2025