Quando Portugal volta a estar no Top 10 dos países mais pacíficos do mundo, e aparece, repetidamente, nos rankings dos melhores países a visitar, importa olhar para o turismo como uma das prioridades na gestão do nosso país.
O turismo potencia o crescimento económico, emprega em diversas áreas, eleva a qualidade das infraestruturas, incentiva a melhoria de meios de transporte e acessibilidades e, deste modo, torna as nossas cidades mais atraentes não apenas para turistas, como também para investidores. Precisamos criar condições para acomodar cada vez mais um turismo de qualidade, que se diferencie, e que seja cada vez mais uma referência a nível europeu e mundial.
Todos nós conhecemos o impacto positivo que o turismo tem na vida das cidades, na sua riqueza, na geração de emprego e na atração de oportunidades de outros setores de negócio – recordemos que, em pré-pandemia, era um setor que representava mais de 15% do PIB português. Agora dado, infelizmente, a guerra na Ucrânia, ainda estamos mais no radar mundial por força de sermos um país seguro e hospitaleiro.
É, por isso, urgente olhar para o turismo como um motor de crescimento do país, e com uma visão estratégica, pelo papel crucial que tem no desenvolvimento das cidades e da economia. O turismo representa um sem fim de oportunidades que posicionam o nosso país no mapa mundial, não fosse já esse o caso de muitos dos mais bem-sucedidos países europeus, como é o caso da Áustria, Espanha ou Itália, nos quais o turismo representa entre 12% e 15% do PIB, todos acima da média europeia (cerca de 10%).
Turismo e cidades podem e devem ter uma relação sustentável, e para isso, planeamento e estratégia têm de ser as palavras de ordem.
Artigo de opinião de Pedro Rutkowski – CEO, publicado na revista Vida Imobiliária de junho 2022.